Lisandro Hubris
A Bíblia é tão mística como a feitiçaria, a alquimia e a astrologia
Textos
OS HEBREUS NÃO SERIAM “O POVO ESCOLHIDO DE DEUS”

Embora nos primórdios CADA TRIBO hebreu fosse uma Monolatria (uma adoração centrada num único Deus; se acreditasse na existência de vários outros deuses).

Monolatria é a adoração centrada numa única divindade, embora se acredite em vários deuses.
 
Durante os 40 anos do cativeiro babilonico os hebreus absolveram a crença num Deus único, proposta tanto pelo “zoroastrismo”; como pelo faraó “Akenaton”, que já havia proposto a crença no Deus único Aton.
E apois o cativeiro babilonico os hebreus passaram se achar “O ESCOLHIDO”; se julgaram os portadores dos “conhecimentos” espirituais; se fecharam em suas pseudoverdades; e fantasiaram que o Deus Javé seria o único Deus verdadeiro...
 
Todavia como é absurdo que o Creador de um Universo gigantesco, e que não para de crescer fique limitado a um único “livro sagrado” escrito pela tribo de Levi. A tribo encarregada das Escrituras.
 
E escolhesse apenas uma ínfima fração da humanidade, composta por apenas 3 Tribos de hebreus, para ser o seu suposto “POVO ESCOLHIDO”; pois das 12 Tribos só restaram:
Judá, Benjamim e Levi, que constitui o que hoje chamamos de “judeus”.
 
O filosofo Bento Espinosa em seu “Tratado Teológico-Politico”; baseada na analise gramatical do hebraico consonantal, idioma no qual foi escrito o Velho Testamento; e considerando o que de fato aconteceu com o povo hebreu, descobriu que:
 
O Antigo Testamento é uma farsa onde se introduziu preceitos da conduta humana; se tentou unificar os ex-escravos fugidos da Babilônia; se faz o povo se submeter a um poder que estaria acima dos homens.

E se tanta convencer que os hebreus seriam o “POVO ESCOLHIDO POR DEUS”; quando na verdade (os agora judeus), seria O POVO QUE ESCOLHEU ADORAR A APENAS UM ÚNICO DEUS.
 
Para os hebreus convinha que YHWH fosse etnocêntrico, pois nada adiantaria cultuar um Deus que não os colocasse em condição de vantagem sobre os demais povos.
 
Já que muitos deuses dificultariam que as tribos se unissem de forma homogênea.
E os israelitas sendo NÔMADES, que perambulavam pelo Oriente, era difícil carregar várias imagens.
A solução foi inventar um Deus único que estaria ao mesmo tempo em todos os lugares.

Se proibiu que fossem feitas imagens para serem adoradas; e se fabricou lendas como a do idoso Jacó ter lutado a noite inteira contra um anjo...
 
Aos poucos o politeísmo dos hebreus foi se transformado no monoteísmo de um Deus único e invisível, mas que estaria em todas as partes, pois os diversos "Deuses" eram aspectos particulares de uma única Divindade...
 
O Monoteísmo do Abraão foi apenas um Henoteísmo (adoração a um Deus único, mas acreditando na existência de outras Entidades), pois embora Abraão adorasse um Deus único, tanto ele como a sua família acreditavam em Demônios, Horóscopo, Amuletos, Relíquias; praticavam Bruxaria, Idolatria, Magia Negra, Necromancia, Ocultismo, etc.
 
Embora as maiores Cidades daquela época não fossem populosas ao ponto de ter 70.000 recém nascidos, a lenda de Abraão conta que o Rei de Ur Nimrod mandou matar 70.000 recém-nascidos, assim que Abraão nasceu numa gruta, para que não se realizasse a profecia feita por astrólogos, sobre o Abraão de Ur vir a crer num Deus único, e destruir as estatuas das outras divindades...
 
As TABULETAS de EBLA confirmaram o culto a deuses pagãos como Baal, Dagom e Aserá; e a lenda de ABRAÃO aconteceu com o Deus natureza Ea, e não com o Deus YHWH, da Era de Carneiro dos Israías.
 
O Deus (YHWH) foi plagiado do antigo Deus da Pérsia (Mazda), pois na antiga Pérsia (atual Irã), a religião estatal era o mazdeismo, que foi fundado por Zoroastro, a mais de 4000 anos.
 
O zoroastrismo é a primeira religião quase "monoteísta" de que se tem noticia, já que admitia dois princípios eternos, Mazda e Ahriman, o primeiro bom e o segundo mau.
 
Mazda significa: "O QUE É", “EU SOU”, ou "O ETERNO", e a Bíblia adaptou o “EU SOU” para "YHWH", e depois mudou para o hebraico "YHWH”.

Jacó fazer de El o seu “Elohim” (Deus principal), significa que ele acreditava em outros Deuses.
 
Até porque o termo Elohim está no plural e significa "Deuses e Deusas".
 
Jacó fizera um acordo com El para receber uma proteção especial, todavia devido a total incapacidade do pacifico Deus El proteger o seu povo, que por cerca de 40 anos foi escravizado pelos babilônicos, e a necessidade de um Deus guerreiro, fizeram com que os hebreus trocassem o Deus El pelo Deus dos exércitos YAHWEV, e passassem a se denominar judeus...
 
Enquanto a ciência investiga, compara, busca explicações, e não admite que algum conhecimento possa estar além da sua capacidade...

As religiões, mesmo sendo a fonte da força emocional primitiva, não passam de maluquices irracionais, forjadas numa época tão primitiva que se acreditava em mitologias, pois a fé religiosa é simultaneamente tanto a maior força do devoto, como a sua maior fraqueza.
 
O ADVENTO DO MONOTEÍSMO DIVIDIU OS DEVOTOS, INCREMENTOU TANTO A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA COMO A DESCRENÇA EM GERAL; E PLANTOU A “SEMENTE” DO ATEÍSMO...
 
Um estudo feito no Wellcome Trust Centre for Neuroimaging, no Institute of Cognitive Neuroscience da University College London, e publicado na revista Nature Neuroscience, provou que a maioria em vez de processar a realidade apenas capta as “informações” de forma fantasiosa e moldada pelo que o seu inconsciente deseja acreditar.
 
As religiões modificam os relatos dos seus “livros inspirados”, a fim de adaptá-los aos fatos, ou tentar provar a origem divina dos seus “ensinamentos”.
 
Como a fé em Deus libere “FENOLPITENORO”, que reage com moléculas das células nervosas do cérebro, ao se obrigar o religioso defende a sua crença, o devoto reage contra o ateu com violência, resultando num comportamento agressivo e anti-social.
 
Pois seria insuportável para o devoto constatar que o seu Deus NÃO EXISTE ou que a promessa da vida eterna é só uma utopia...

 
Lisandro Hubris
Enviado por Lisandro Hubris em 21/10/2011
Alterado em 21/07/2012
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