Lisandro Hubris
A Bíblia é tão mística como a feitiçaria, a alquimia e a astrologia
Textos
A Páscoa era a “Lux Gloriam” que chegava para acabar com as trevas do Inverno

M
ilênios antes da Páscoa cristã ser festejada, alguns como os babilônios já celebravam o retorno da “Deusa da Primavera” segurando um Ovo em sua mão enquanto ela observava um coelho (o símbolo da fertilidade), pulando alegremente em redor de seus pés. 

O Ovo que a Deusa OSTERA carrega, e a Páscoa, são antigos símbolos anímicos da chegada da Primavera boreal, que no hemisfério Norte começa no Dia 21 de março, e que traz a esperança de uma futura boa safra.
 
Uma antiga lenda babilônia conta que um grande ovo caiu do céu no Rio Eufrates, e que dele saiu à deusa Ishtar, também conhecida como Easter.
 
Embora os OVOS e as SEMENTES sejam “zigotos” que só se formam após a FERTILIZAÇÃO; uma unidade de matéria viva que existe de maneira independente; e não a origem da vida; e muito menos a origem do Universo; até porque, para gerar o ser para o qual está programado, tanto o Ovo como o Óvulo primeiro precisaram serem FECUNDADOS. 
 
Como os ovos fertilizados contêm um embrião com a fascinante capacidade de vir a se torna um novo ser, os celtas, os gregos, os egípcios, os fenícios, os chineses e vários povos antigos achavam que os Ovos e as Sementes eram os criadores da Vida, e que o mundo teria nascido de algum suposto “Ovo milagroso”.
 
Em diversas lendas antigas, depois de algum Caos o "Ovo cósmico" teria aparecido.
 
Na Índia, uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o "sopro divino") teria posto e chocado o “Ovo cósmico” na superfície de águas primordiais, e ao se dividir em duas partes, o “Ovo cósmico” deu origem ao Céu e a Terra, pois simbolicamente o Céu seria a parte leve do ovo (a clara), e a Terra seria a parte mais densa (a gema).
 
Muitos ainda acreditam na fantasia de que comer ovos no Domingo de Páscoa traria boa sorte pelo resto do ano.
 
Os Ovos de Páscoa (um dos mais antigos símbolos da fertilidade), que eram oferecidos à Deusa dos Pagãos, assim como as lebres, seriam antigos símbolos sagrados de várias culturas orientais ou mesmo ocidentais, incluindo as que cultuavam a Deusa Ostara.
 
Sendo que com o tempo a Páscoa ajudou gerar arquétipos como o Deus MITRA, Moisés, o cordeiro, a Saturnália, J Esus, os ovos de chocolates, etc.  
 
 
Em 525, o Papa João I, decretou que:
 
A PÁSCOA cristã seria celebrada 46 dias depois da “Quarta-feira de cinzas”.
Ou seja, entre 22 de março e 25 de abril.
Sempre no domingo seguinte ao Plenilúnio (primeira Lua cheia da Primavera); e após o Equinócio da primavera.
No PRIMEIRO domingo após a primeira LUA CHEIA que segue o EQUINÓCIO DA PRIMAVERA.
Que a Páscoa Cristã não pode ocorrer antes de 22 de Março, e nem depois de 25 de Abril.
E que se o cálculo ultrapassar este limite, a Páscoa passa para o domingo anterior...
 
Equinócio é o instante em que o Sol cruza a linha do equador terrestre.
Simplificando seria quando o DIA e a NOITE têm igualmente 12 horas de duração.
 
Devido à órbita da Terra ser um eclipse, e não um círculo a data em que ocorre o equinócio não divide o ano em um número igual de dias.
Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio), ela viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio).
 
Embora a Páscoa cristã seja mais outra fraude religiosa, e sequer tenha uma data definida, a mitologia da Páscoa ajuda movimentar o comércio, e preenche a angustia do ser humano não conseguir dominar a Mãe Natureza.
 
 


 
Lisandro Hubris
Enviado por Lisandro Hubris em 31/03/2013
Alterado em 31/03/2013
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