Desde o século III tanto a segunda parte da prece (Santa Maria), como a súplica, já eram empregadas na antiga “LADAINHA DE TODOS OS SANTOS”, que é um melhoramento da Oração dos Fieis, onde constavam os nomes dos santos mártires, cujas memórias eram celebradas durante a Missa.
E com o passar dos anos a lista foi ampliada e passou a ser chamada Ladainha ou Litania de Todos os Santos.
Em 446 d.C. Theodoto Ancyrani acrescentou o nome “MARIA” às palavras de saudação do Arcanjo Gabriel, “enviado“ por Deus a fim de anunciar a divina maternidade da Maria:
“AVE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR É CONTIGO” (LC 1, 28).
E se forjou a prece mariana por antonomásia, (Antonomásia é a substituição de um nome por uma expressão que lembre uma qualidade),
Por volta do século VI à SAUDAÇÃO DO ANJO (melhorada por Theodoto Ancyrani), foi unida com à SAUDAÇÃO DA ISABEL, (a prima da Maria), que, proclamou:
“BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DE TEU VENTRE” (Lc 1, 42).
Pois a SAUDAÇÃO DA ISABEL já era parte das liturgias orientais em uso tonto as Igrejas de Jerusalém, como na Igreja Copta, e na Igreja de Constantinopla.
Mas através do São Gregório Magno foi acrescentado às palavras do anjo, que é a primeira parte das saudações e da ORAÇAO AVE MARIA.
No século XIII, em determinado código da Biblioteca Nacional Florentina, que já pertencera aos Servos de Maria do Convento da Beata, a Maria Virgem é Saudada pelo Anjo, com as palavras:
“Ave dulcíssima e imaculada Virgem Maria, cheia de Graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, mãe da graça e da misericórdia, rogai por nós agora e na hora da morte. Amém”.
Nesta formulação, faltam somente dois vocábulos:
[nós] pecadores e nossa [morte].
No poema acróstico de 1498, do Venerável Gasparini Borro, já se ler a Ave Maria como é rezada hoje.
Em torno de 1560 o Papa São Pio V promulgou o novo Breviário Romano, no qual figura a fórmula do referido Venerável Gasparini Borro, sendo estabelecida solenemente sua recitação no início do Ofício Divino, após a recitação do Pai Nosso e prescrita para todos os sacerdotes.
Em 8/12/1854 o papa Pio IX promulgou o dogma da imaculada conceição.