Lisandro Hubris
A Bíblia é tão mística como a feitiçaria, a alquimia e a astrologia
Textos
A versão dos patriarcas terem vivido MUITO seria uma farsa?
 
Em 1654, o Bispo Anglicano James Usher, “estudando” as Cronologias bíblicas concluiu que Deus criou o mundo em 4004 a.C.

Se os cristãos não tivessem ALONGADO a idade dos Patriarcas, ao INVÉS do mundo ter os 6000 anos que a Bíblia afirma, o mundo teria apenas pouca mais de 2600 anos...

Como 52 gerações são poucas para preencher o tempo que separam a fabricação do Adão, até o reinado de Herodes; para possibilitar que a humanidade tenha povoado 2 vezes o planeta Terra, e que tenha gerado todas as raças existentes...

A solução cristã foi desprezar que em poucos anos as ninfetas já estão aptas para procriar.
Ignorar que até o século XVI a “média da vida humana” era de apenas 35 anos...

E inventar que os personagens bíblicos teriam vivido “muito”, por exemplo:
Matusalém teria vivido 969 anos, Noé teria vivido 950 anos, Adão teria vivido 930 anos, Sete teria vivido 912 anos, Lameque teria vivido 777 anos, etc.

Todavia, tanto a Geriatria, como a “Síndrome da Fragilidade”, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e os Fosseis; como o fóssil do ancião H. Heidelbergensis, provam que quando os antigos conseguiam chegar aos 50 anos de idade, eles já estavam com o corpo rateando, devido ao excesso de carga a que eram submetidos desde a infância, o caminhar excessivo, a enorme energia gasta com trabalhos braçais, os desgastes causados no quadril e nas vértebras, a osteoporose, a falta de higiene, o estresse, as doenças provocadas pelos casamentos com parceiros da mesma raça, aldeia ou família; e a alimentação humana ser pouco variada, pobre em hidratos de carbono, e à base de gordura animal.

Sendo que antigamente a vida dos humanos era difícil, sofrida, sem confortos, sem higiene, sem anestesia, sem riquezas, e muitos não passavam de “escravos” econômicos ou fanáticos dispostos a morrer por absurdos.

Só quando foi possível pesquisar as causas da morte, sem que o estudo da Anatomia dos cadáveres fosse castigado, foi que se entendeu que as doenças não são “castigos divinos”, a expectativa de vida humana aumentou; se chegou aos 77 anos atuais; houve uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos, surgiram os fármacos, se descobriu a anestesia, os antibióticos, a assepsia cirúrgica, e hoje se pode até usar “células-tronco”, e órgãos fabricados.
Lisandro Hubris
Enviado por Lisandro Hubris em 21/12/2015
Alterado em 27/12/2015
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